segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O caso da Geisy

Não sou a favor de qualquer tipo de manifestação violenta, portanto não concordo com a atitude dos alunos da Uniban de lincharem a estudante Geisy, que apareceu na aula usando um vestido muito curto. Nada justifica, essas pessoas devem ser punidas e ponto. Sei que esse caso gerou muita repercusão, principalmente de personalidades e figuras públicas, em defesa da estudante. Minha pergunta é: será que essa menina é 100% vítima????


Minha resposta é não. Ela não é nem um pouco inocente. Não acredito que as pessoas vestem roupas exíguas sem uma ponta de malícia. Não consigo me convencer que essa menina foi assitir aula e pôs essa roupa na ingenuidade, na minha cabeça ela colocou roupa curta com o objetivo claro de aparecer. E conseguiu seu intento.Quando vi a entrevista então com essa menina e me defrontei com aqueles cabelos oxigenados, unhas compridas e um monte de balangandans, me passou uma imagem que estava longe de ser uma Virgem Maria...Tava mais para algo como a profissão mais antiga do mundo...Não estou aqui tentando ser uma falsa moralista. Eu também gosto de usar roupas curtas. Só que existe hora e local para isso. E com certeza não é na faculdade durante as aulas.

Sim, é verdade que existe o direito de ir e vir e de usar o que bem entender. Porém para convivermos bem em sociedade é necessário que façamos concessões, sempre com o objetivo de esconder o nosso lado mais primitivo. É por isso que não cuspimos no chão, não fazemos as necessidades em público e não mastigamos de boca aberta. Simples assim. Isso significa que o nosso direito de ir e vir termina quando começa o dos outros. É uma regra básica de convivência.


domingo, 20 de setembro de 2009

Comprando carro em lançamento


Quando há o lançamento de um carro novo por uma montadora, tem aquele estardalhaço de marketing e os preços sempre tendendo ao limite estratosférico. É incrível como funciona essa nossa cultura consumista! Sempre instigando em nossa mente a idéia de que o que temos nunca é bom, nunca é o suficiente...Se temos um objeto XY recém lançado vai aparecer uma propaganda de um XYZ com mais uns n recursos que não prestam pra porra nenhuma (eu pelo menos acho!). No mercado automotivo o raciocínio é o mesmo. O cara sempre tem que ter um carro último modelo pra ser bacana e se dar bem com a mulherada. Mas será que sempre vale a pena perseguir o último lançamento???

Vou lançar agora a sementinha do mal! Sabe quando vou comprar carro recém lançado???? NUNCA! Sempre vou procurar um carro que esteja no meio do seu ciclo de vida, porque também carro prestes a sair de linha é mico. Não tenho essa preferência por motivos altruístas e anti consumistas, como muitos podem pensar ao ler o primeiro parágrafo desse post, e sim por motivos técnicos mesmo. A verdadeira razão vem do meu trabalho na indústria automotiva...Veículos em lançamento, por mais que tenham sido testados, sempre, mas sempre apresentam algumas falhas de projeto ou de processo que somente se consegue detectar após o início da produção. Isso porque antes da produção trabalhamos somente com protótipos, e por mais que sejamos cautelosos na sua construção, não é uma representação 100% real daquilo que irá sair da linha de produção. Por isso a facilidade com que alguns erros passem despercebidos aos olhos. Algumas falhas também só irão aparecer com o uso contínuo do veículo, assim impossíveis de serem detectadas na fase de prototipagem.

Tudo isso eu falo com a minha (pouca!) experiência e vivência nesse mundo automotivo. Gastei muito mais horas de trabalho corrigindo falhas de projeto e fazendo ajustes em veículos já lançados do que trabalhando em coisas novas. Isso faz parte e realmente não me incomodava. Vocês podem estar pensando: mas quanta gente incompetente trabalhando em montadora pra dar esse monte de merda !!! Em parte isso é verdade, tem mais gente incompetente nesse mundo do que pessoas boas de serviço. E tem muito incompetente que sobe de cargo facilmente por manjar da arte do puxa-saquismo. Mas não vou me adentrar mais nesse assunto político. Vamos assumir agora a situação utópica que toda a equipe de projeto é formada nas melhores faculdades, todos tem MBA e todos já foram destaque de funcionário do mês. Mesmo nessa situação não se está imune à erros...Primeiro porque estamos falando de seres humanos, e ninguém aqui como ser humano é infalível, por mais que existam os deuses da engenharia que pensem o contrário. E segundo porque existe uma coisa chamada Estatística, que está devidamente inserida na Teoria da Confiabilidade. E é a confiabilidade que a gente usa pra prever a durabilidade de uma peça ou mesmo calcular a sua probabilidade de falha. Sim, é essa a palavra chave: probabilidade.

A única certeza que tenho é que um dia vou morrer, de resto não se dá para ter certeza de mais nada. O resto são somente estimativas e quando falamos em estimativas estamos falando na probabilidade de um determinado evento ocorrer. A gente formula uma hipótese, por exemplo, "a suspensão não vai quebrar se submetida a uma carga x". Isso não é uma certeza absoluta, mas se testarmos essa hipótese e constatarmos que há 98% de chances da suspensão não quebrar com a carga X, podemos considerar isso como verdadeiro. Mas corremos o risco de 2% de não ser verdadeiro e mais pra frente der algum problema. Ainda que esse risco seja baixo, ele existe. E acontece mesmo dele se manifestar mais pra frente. Infelizmente isso é inevitável, e sabíamos que corríamos risco. Mas se não assumíssemos o risco, nunca que o veículo seria lançado. Todos os dias durante as discussões de projetos de peças novas nosso lado "macho alfa" era posto em conflito com os "fatores cagaço". Os riscos sempre são calculados e somente assumíamos quando tinhamos certeza que o mesmo era baixo.

Bom, é isso. Já falei trezentas mil vezes para os meus amigos que carro em lançamento sempre virá com alguma caca. E que as cacas podem vir de processos que não temos como controlar antes... Mas enfim, meus avisos sempre foram em vão, porque os caras sempre vão desejar o carrão do ano. Ah, tudo bem! Como sempre gosto de finalizar meus posts ácidos, vocês garantiram meu emprego por 4 anos, financiaram minha viagem pro Peru, minhas maquiagens da Lancôme, e minha bike.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Minhas maquiagens

Sim, tenho um lado fútil. Sim, gasto os tubos com maquiagem, e ultimamente com as viagens internacionais tenho feito a festa nos free shops. Tenho comprado verdadeiras exorbitâncias, mas nunca deixo de acreditar que se possa fazer uma make legal com produtos acessíveis. Uso bem esse termo, acessíveis. Nossa pele é um órgão sensível que não deve ser posta em risco com produtos de procedência duvidosa. Não uso e nem penso em comprar maquiagem muito baratinha, muito menos comprada em camelô. Aqui no Brasil se pode adquirir bons produtos comprando da Natura e Boticário, que não são caros e são encontrados facilmente. To expondo aqui meus ítens que acho tudo de bom, alguns são importados e custam mais caro, mas vale a pena o custo benefício, de verdade.

Tinted Lip Conditioner FPS 15 MAC cor Plum Perfect - Meu brilhinho vai com tudo. Vermelho, textura cremosa mas que não escorre, com um cheirinho e gosto de chocolate (dá vontade de comer a toda hora) e ainda por cima não dá aquele efeito "babado" do gloss. A cor pode parecer meio exagerada à primeira vista, e sou suspeita de falar porque a-d-o-r-o batom vermelho, mas nos lábios fica super discreta. Dá até pra passar e ir pra casa da vó. Esse ítem não sai da minha bolsa.

Rímel Telescopic L´Oreal cor preta - Taí um rímel tudo de bom, que não borra, não escorre, não deixa os cílios engruvinhados. Ah, e ainda tem a escovinha dele, que não deixa resíduos nos pelos. O resultado final é um visual de boneca, porque ele aumenta e alonga bem.Uso em maquiagens elaboradas e saídas noturnas.

Rímel transparente Color Trend Avon - Para usar nos cílios durante o dia, fica mais discreto. Também uso para pentear as sobrancelhas.

Curvex - Tenho 5, cada um em uma bolsa ou necessárie diferente. Não dá pra ficar sem!

Blush Natura cor 3 - Rosadinho, bonitinho, o pó não entope os poros. Adoro a cor. Uso no dia a dia para dar um ar saudável.

Pó bronzeante MAC- Taí o grande segredo da maquiagem!!! A melhor dica que poderia receber!!! Sabe aqueles dias que você acorda com aquela cara de cão chupando manga? O rosto pálido e sem graça? Uma passadinha de pó bronzeante nas bochechas, como se fosse um blush, dá aquela levantada no astral. Pra criar aquele visual "acabei de sair da praia" é só pegar o pincel já usado nas bochechas e passar pelo rosto todo, sem por mais pó. Fica sutil. Ah, e passe também no sulco entre o seios, se for usar um decotão.

Sombra duo Natura Aquarela cores bege + marrom (dia) e prata + grafite (noite)
- Tendo esses dois kits pequenininhos na bolsa já garante um belo make para qualquer situação.

Spectraban color base FPS 35 - Até que enfim achei um filtro solar descente, de textura finíssima e não gorduroso, e ainda por cima com cor de base. E como base, ele funciona muito bem, dando uma boa cobertura na pele e escondendo pequenas imperfeições. Outro produto que não vivo sem e passo todo dia religiosamente, independente de estar maquiada ou não, ou de fazer sol ou não. Só não passo quando vou praticar esportes, aí substituo por outro filtro mais potente. Melhor relação custo benefício impossível. Encontrável em qualquer farmácia.

Estojo Absolue Seduction Lancôme - Made in France. Tem tudo que é necessário para uma boa produção, porém em tamanho mini. É bom quando se vai viajar e não tem espaço na mala. Os produtos são excelentes, destaque para as sombras, os batons e o rímel. Esse arrematei nas alturas, dentro de uma avião da LanChile, a história foi loucura.

Jogo de pincéis da Mundial - Comprei em um armarinho da 25 de março, paguei 15 reais. Não deixa nada a dever para os pincéis profissionais.

domingo, 6 de setembro de 2009

Trilha sonora para a corrida

Aqui vai o meu top 10 de músicas para correr, em ordem crescente. Sei que a escolha de trilhas sonoras é algo muito pessoal, mas acho que nessa seleção tem algumas músicas que é impossível não associar com esse exercício físico:

  1. Sleeping in my car - Roxette. Essa também serve para dar cavalinhos de pau com o seu carro, bem furiosinha para aumentar o ritmo das passadas.
  2. It´s my life - Bon Jovi. O próprio refrão já antecipa a hora da morte "it´s my life and it´s now or never".
  3. How do you do- Roxette. Sinta-se uma miss sendo secada pelos saradinhos do parque. " I see you comb your hair/ and give that grim/ it makes me spin now/ spinning within/ before I melt like snow/ I say hello/ How do you do?"
  4. Que maravilha! - Jorge Ben Jor. Essa é para os dias de chuva e lama. A letra da música já diz tudo e fico imaginando a cena descrita "lá fora está chovendo/ mas assim mesmo vou correndo/ só pra ver/ o meu amoooor".
  5. Gonna fly now- Trilha sonora do Rocky. Precisa de descrição? A ceninha do Rocky Balboa correndo nos trilhos do trem ao som dessa musica já explica tudo.
  6. Last train to London - Eletric Light Orchestra. A batida disco parece empurrar para frente.
  7. Gipsy- Fleetwood Mac. Uma graça...me sinto a própria cigana. Também música para observar a "paisagem"...
  8. Huricane - Bob Dylan. Huricane é um boxeador, mas dá para extrapolar sua força e energia para as pistas de atletismo e as ruas.
  9. Love is in the air- Jonh Paul Young. Embarquei totalmente na onda "Love is in the air", é uma vibe muito legal e atualmente é a minha música chiclete, aquela que ponho pra tocar 200 vezes no meu i-pod, seguidamente sem interrupção. É um sonho correr ouvindo ela, parece que to pisando em nuvens, por mais que a "canelite" esteja pegando...
  10. Go your own way - Fleetwood Mac. Run Forrest, run !!! Essa daí também dispensa explicações. É o maior hit runner de todos os tempos!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mal de altura

9 meses depois... Resolvi escrever esse post depois que uns amigos meus me perguntaram sobre o mal de altura. O fato é que estive em altitudes superiores ao maior pico do Brasil, ou sejam, coisas que a gente realmente não está acostumado. Só a cidade de Cuzco está localizada a 3800m arriba. Macchu Picchu é um pouco menos (!), está a 2800m. Porém cheguei até uma montanha bem íngreme chamada Abra de Málaga, cuja altitude é 4400m, de onde despenquei de bicicleta.

Bom, o quanto você vai sofrer ou não com o mal de altura depende da reação do seu organismo e isso é muito pessoal, pois cada um vai sentir com uma intensidade diferente. Achei meio exagero aqueles cilindros de oxigênio no aeroporto de Cuzco, pensei que a minha chegada lá vinda direto de Lima fosse um choque, mas foi o contrário. Lima estava calor, eu estava incomodada, e o clima em Cuzco quando cheguei estava muito agradável e me fez até bem.

Por ter me sentido melhor do que o esperado não quis dizer que não tive mal de altura. No primeiro dia tive dores de cabeça bem leves e me sentia um pouco ofegante para subir e descer ladeiras. Mas passou rapidinho. Nada que aqueles conselhos de vó não resolvam: se alimentar bem, não fazer muito esforço e beber bastante água. Em resumo, pegar leve. Acho que o conselho chave para quem vai se enveredar por aquelas bandas é fazer um bom planejamento, agendando os passeios mais "radicais" uns 2 dias depois da chegada à Cuzco, para que se tenha tempo de se adaptar e não correr o risco de perder o passeio caso passe mal. E, pelo mesmo raciocínio, não ter pressa de fazer as coisas, sempre deixar uns horários em aberto, umas janelas para não fazer nada e tomar um sorvete na praça. Como já comentei, a trilha Inca deve ser iniciada depois de 4 dias de estadia em Cuzco, por ser uma passeio realmente muito pesado.

Vamos agora à parte controversa: a nossa amiguinha folha de coca. Nada de preconceitos contra ela! O princípio ativo da cocaína está presente em doses baixíssimas no chá de coca, então resumindo, voce não ficará doidão ao tomar o chá ou mascar a folha de coca. Os efeitos da coca sao algo parecido com você tomar um café forte ou um guarapower, nada mais. Mas funciona pra tratar o mal de altura, para dar um gás nas subidas das trilhas e eu usei muito o chá como digestivo após aquelas refeições cheias de pimenta que servem por lá. Provar ou não a coca é uma decisão sua, porém não se iniba de provar com medo de ficar doidão. Não fica. Para quem provou e gostou, compre caixinhas de chá de coca industrializado e traga sem medo para o Brasil. Atenção, leve só os saquinhos industrializados, levar a folha em natura acho meio arriscado. O chá feito de saquinho não tem a mesma bossa daquele feito direto com as folhas, mas já dá pra impressonar os amigos numa reuniãozinha. Ou mesmo te manter ligadão para virar a noite estudando em véspera de prova.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Eu, Mariana P, 27 anos e viciada em calculadoras

No prézinho e no primário ela era proibida. Falavam que ela prejudicava o ensino da matemática. E era verdade mesmo, pois todo o trabalho de fazer continhas de somar, subtrair, multiplicar e dividir era feito por essa máquina. Ela literalmente resolvia a lição de casa em poucos minutos. Comecei nesse mau caminho muito cedo, 7 anos de idade e já tendo contato com drogas, usando-as ilicitamente para agilizar a lição de matemática e poder ir brincar na rua mais cedo.

Cheguei na 8a série e foi um sonho quando finalmente a calculadora simples foi liberada no dia a dia e nas provas. Esse instrumento me acompanhou até o 3o colegial. Foi no vestibular da Fuvest que tive minha primeira crise de abstinência séria. Ali não podia usar calculadora e por alguns instantes me deu um branco numa questão quando não consegui mais fazer multiplicação com reserva. Chocante. Deu tremelique. E é claro, uma vez que você vicia numa droga, quer sempre passar para coisas mais pesadas. No meu caso, no colegial, não dava mais para se entreter com uma calculadora simples, já surgia desejos de ter uma científica. Aquelas funções trigonométricas, equações logarítmicas e etc, aquilo tudo embananava a cabeça. Mais uma vez fazia uso ilícito para resolver a lição de casa. Parti também para ações mais ousadas. Escondia a calculadora científica no banheiro e na hora da prova ia checar as questões do lado da privada, uma cola muito bem bolada.

Passei na faculdade, comecei a ter aulas do ciclo básico, aquelas matérias tipo cálculo, GA, equações diferenciais...Aí liberou geral a calculadora científica. Mas como vocês devem conhecer a história, a gente sempre quer dar um up...O passo natural seria ter uma famigerada HP, que resolve integrais, derivadas, faz gráficos e até dá os diagramas de esforços solicitantes nos exercícios de RM. Foi aí que caiu a ficha e comecei a lutar bravamente contra meu vício em calculadoras. Substituí as funções da HP por programas de computador. Fazia rotinas no matlab, modelagem matemática no maple VII e os problemas estruturais mais cabeludos eu passava pra galera dos elementos finitos resolver. Mas isso também não me isentou de surtar de vez em quando. Que nem quando passei uma noite inteira programando o maple para resolver um problema de equação diferencial parcial por LaPlace. Foi até o amanhecer queimando incenso na varanda, tomando umas 6 latas de cerveja e programando. Muito louca a experiência. Depois todo mundo queria copiar o trabalho. Os progamas de computador não eram tão pesados quanto as calculadoras, o poder alienante era menor, o que fazia meu cérebro funcionar quando estava longe deles. Mas nao deixavam de ser drogas.

Hoje posso dizer que ainda não estou curada desse vício maldito. E anos e anos usando essa droga me deixou com sequelas irreversíveis. Não consigo mais fazer cálculos mentais. Não consigo mais calcular o troco da padaria. Não me pergunte quando é 2+2. Alguns me perguntam como consigo ser engenheira sem ter competência pra fazer cálculos rotineiros. Simples, eu viajei tanto, fiquei tanto no abstrato que tiro as soluções para os problemas de maneiras não convencionais. Mas quando se fala em coisas concretas, tremo nas bases. Gente, esse é o relato sincero de uma viciada assumida em calculadoras. Cuidado com essa droga! Ela traz consequências sérias para a sua vida.

domingo, 23 de agosto de 2009

Fugindo de sexo, drogas e rock n´roll


Anos 70. Auge da contra cultura, da liberação sexual, do movimento hippie e berço do rock n´roll. A visão de um casal de irmãos, ele de terninho, ela de vestidos esvoaçantes e cheios de lacinhos, ambos cantando músicas românticas, era de causar espanto. Era um oásis do açúcar no meio da pólvora. E eles fizeram muito sucesso, mas muito mesmo nesse panorama contraditório. Estou falando dos Carpenters. Richard, com seus arranjos impagáveis, um cara de sacadas geniais, sempre acompanhando Karen, com sua voz de anjo.

Penso que no fundo todo mundo tem seu lado água com açúcar. É tão gostoso suspirar de vez em quando...E imagino que naquela época as pessoas, com toda aquela euforia de mudança, eram um pouco reprimidas de demonstrarem romantismo. Os Carpenters quebraram isso com maestria e hoje conheço muitas pessoas que ainda se emocionam ao ouvir suas músicas, passados 30 anos. Me incluo nessa, apesar de ter nascido bem depois do auge do sucesso deles. Gosto de um rock, um brit pop, ou novidades alternativas, mas ainda de vez em quando pego meus olhos se enchendo de lágrimas quando ouço "we´ve only just begun". Putz, como é gostoso escutar "rainy days and mondays" quando se está na pindaíba, naquela dor de cotovelo que insiste em não passar. A voz da Karen parece um cobertozinho te aquecendo nos dias frios ou um colinho de mãe te consolando quando se está na pior. E as letras das músicas parecem explicar todo aquele turbilhão de sentimentos que todos passamos. Pena a Karen ter ido embora tão cedo...

Falo tanto em ser contra o politicamente correto, burlar as regras, ser diferente, ser rebelde. Agora tô tirando o chapéu para músicos ousados. Cuja principal ousadia foi pregar que não podemos viver sem músicas que tocam o nosso coração.

sábado, 22 de agosto de 2009

It´s performance !

Algumas perguntas que não se calam...
  • Como você consegue gastar R$ 10000 numa porcaria de bike e fica circulando por aí num escort velho?
  • Não entendo, suas malhas e bermudas são ultra leves, de tecido tecnológico e você vai ao shoping com uma camiseta furada?
  • Por que você se depila? (se for homem)
  • Como você consegue usar roupinhas coladas ao corpo? Você é gay? (se for homem)
  • Essa dor aí no traseiro? Você não deu o rabo pra ninguém não? Você é gay?
  • Tem certeza MESMO que você não é gay?
  • Você já tem a mesa em carbono. O seu garfo é de carbono. Pra que um quadro de carbono agora?
  • Como consegue engolir aquelas gororobas nojentas que você mistura no liquidificador?
The answer my friend...is blowing in the wind...ahahahahah Não, não, não, that´s PERFOMANCE!!! PERFORMANCE !!!! Assitam a esse video do youtube e descubram o por que

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Freios, embreagens...fazendo uma fritada

Para quem não sabe, as pastilhas de freio e os discos de embreagem de veículos do dia a dia são feitos de material orgânico. Uma mistureba de resina fenólica, fibra de vidro (ou de kevlar, se o seu carro for um Audi ou um Mercedes), enxofre, fios de cobre e outras coisinhas. As formulações exatas são como um pó de pirlimpimpim que as indústrias guardam como segredo de 7 chaves. Em se tratando de material orgânico, o fator limitante de uso chama-se temperatura. E mau uso. E é isso que quero esclarecer nesse post, porque tenho presenciado fritadas e traquinagens totalmente desnecessárias em veículos do dia a dia.

A maioria dos polímeros que conheço dificilmente não sofrem degradação em temperaturas acima de 300°C. Talvez os revestimentos de embreagem e pastilhas de freio (que vou chamar aqui de materiais de fricção) resistam um pouco mais por causa da mistureba, pero no mucho... E o que acontece numa fritada? O material de fricção entra em um estado que chamamos de fading. Quando isso acontece o coeficiente de atrito entre ele e a sua contra peça (ex: disco de freio) vai a níveis próximos de zero, comprometendo completamente a segurança do sistema. Já peguei contra peças resultantes de fading e notei transformações martensíticas ali. Não vou entrar em detalhes sobre o que seja transformação martensítica. O que isso significa é que se o metal mudou de fase, é que a temperatura local ultrapassou os 700°C, agora dá pra ter noção da fritada né.Tá, alguns espertinhos podem argumentar com a mocinha aqui que o freio/embreagem voltou a funcionar depois da fritada. Ah é? Pois a mocinha responde: você perdeu em eficiência de frenagem/troca de marchas, além de diminuir a vida útil do produto. Vão aí outras atitudes que considero crequinagem ne primeira:

  • Estando em uma ladeira, socar no acelerador e soltar a embreagem com tudo. Odeio o barulho que isso faz. E odeio depois o cheiro de resina fenólica queimada. Custa achar o "ponto"?
  • Usar a embreagem como freio...Sem comentários
  • O vício irritante de triscar no pedal de freio sem necessidade. Por mais que não pareça, cada relada nesse pedal está acionando sim o sistema de frenagem, portanto gastando pastilha
  • Fazer performances exibicionistas sem estar capacitado para tal (não me usem como exemplo ahahaahah).
  • Descer na banguela. Economia de combustível...Que lindo...Só que esqueceram de falar de que mesmo quando não há transmissão de torque entre o volante do motor, caixa de engrenagens e eixos, todos esses sistemas mencionados continuam girando em inércia, porém cada um em uma frequência diferente. Ainda mais na descida, que por conta da gravidade faz com que a rotação dos eixos aumente. Aí surge a necessidade de se engrenar de novo o veículo, e o sujeito engata uma relação que não é compatível com a rotação dos eixos. Sabe o que acontece? Caixa de engrenagens, disco de embreagem, platô e outros mais explodem em pedacinhos. Pena eu não estar autorizada a publicar aqui as fotos desse circo dos horrores.
Como última informação pertinente para quem ainda não acredita em mim. Na fórmula 1 as embreagens e pastilhas de freio são feitas de carbono-carbono (matriz carbono reforçado com fibra de carbono), material que aguenta muito mais que o orgânico comum. Terminou a corrida, joga tudo fora. Ninguém quer correr o risco de passar por um fading no meio da corrida. Se lá é assim, por que não ter um mínimo de preocupação com as peças do dia a dia? Não precisa ficar trocando toda hora, mas faça a troca no prazo de validade e não force a barra para diminuir esse prazo.

Bom, como sei que o povo vai continuar a se comportar mal, fico feliz de informar que esses cretinos garantiram o meu emprego por 4 anos. Vocês financiaram a minha viagem pro Peru, as minhas maquiagens e cremes da Lancôme e a minha bike. Fica aqui minha gratidão.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Males do selim- Higiene é fundamental

Oie! Essa matéria está sendo retirada da revista VO2, especializada em ciclismo. Estou publicando aqui para dar um reforço no quão importante isso é para a prática do dia a dia. Não concordo 100% com tudo que está escrito, mas enfim, é uma referência de uma publicação especializada.

" Para evitar assaduras, furúnculos e dermatites provocadas pelas horas a fio passadas sobre o estreito e duro selim, a higiene é determinante. Nunca use a mesma bermuda sem antes lava-la e jamais use cuecas ou calcinhas sob ela, afinal uma boa bermuda de ciclista já vem com recestimento antibacteriano. Vestimentas sujas, além de conter mais bactérias, não permitem uma aeração tão boa quanto as limpas. Troque-a por uma roupa mais confortável tão logo o treino terminar. Outra dica é não depilar a região da virilha, pois pode causar irritação, inflamação e infecções na área. Após o banho, seque bem a região pubiana. Se o problema já estiver instalado, entretanto, prefira selins com gel, por serem mais macios e confortáveis. Se a dermatite for causada pela fricção entre a região púbica e o selim, lance mão de cremes emolientes, como vaselina. Se mesmo assim a dermatite persistir, dê uma folga aos treinos de bike e procure um dermatologista"

domingo, 16 de agosto de 2009

O HPV

Tive a triste notícia de saber que uma amiga minha, uma pessoa próxima, teve uma infecção muito séria no útero por causa do papiloma vírus humano (HPV). Não vou entrar em detalhes, até porque quero preservar a identidade dessa pessoa, mas posso dizer que ela agora já recebeu atendimento, passa bem e está em recuperação.

A gente acha que doenças sexualmente transmissíveis é algo que nunca vai acontecer conosco. Que é coisa de gente promíscua e de mulheres da "vida". Não é. Essa menina é bem sossegada e certinha, porém foi se envolver com um tipinho meio cafajeste e o cara tava contaminado. No homem o vírus não tem nenhuma ação, portato eles nem sabem que estão contaminados, porém em nós mulheres ele faz muito estrago, podendo até gerar câncer de colo de útero. Portanto meninas, cuidado! Por mais que vocês já façam uso de pílula anticoncepcional, usem sempre camisinha, ainda mais se não conhecem o cara direito, pricipalmente se for a primeira vez que transa com o cara. A camisinha é o único método que irá prevenir outras doenças sexualmente transmissíveis. E vocês meninos, façam o favor de respeitarem a moça que irá dormir com vocês, nem que seja um caso de uma noite só. Usem a camisinha! Esse vírus é muito comum e vocês podem nem saber que estão contaminados. E se souberem, aí que tem que usar mesmo, em qualquer circunstância.

Posso até estar meio "noiada", como disse meu ginecologista quando fui tirar algumas dúvidas a respeito desse assunto, mas enfim, esses procedimentos tão simples foi a única coisa que ele me recomendou. Existe uma vacina contra o HPV. Eu não posso mais tomar, pois tenho 27 anos (a vacina é só até 26 anos), porém é uma boa idéia as meninas abaixo de 26 anos tomarem a vacina, principalmente se ainda não tiveram relações sexuais. Segundo o doutor, 70% das mulheres já entraram em contato com o vírus, mas a maioria apresenta formas mais brandas do vírus. Existe uma variedade grande de HPV, porém uns 4 ou 5 tipos realmente irão causar o câncer. Mesmo assim não é bom bobear.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Go your own way


Gosto muito do filme do Forrest Gump. Assiti trocentas vezes e nessas n + p vezes que vi, nunca perdeu o encanto. Uma das melhores cenas é quando o Forrest surta e começa a correr sem parar. Primeiro ele vai até a fronteira da cidade dele (Greebow), depois até a fronteira do Alabama, seguindo até a costa do Pacífico e indo cada vez mais além. Ficou um bom tempo da vida dele só correndo. Aí na cena tocava a música do Fleetwood Mac, "Go your own way", muito poético.

Bom, faz muito pouco tempo que descobri essa sensação estranha igual a do Forrest. De você se desligar do mundo e se concentrar somente na sua respiração. De você correr, correr, correr sem se importar com dor no corpo, se falta ar, quanto falta para chegar...Melhor, entrar num estado tal que nem com a chegada você se importa, aliás não consegue parar, na cabeça o único pensamento é "continue correndo". Em 12 anos de prática de karate e meditação massiva não entrei em tamanho "alfa". E com a bicicleta, por mais que você tente, não consegue se desligar totalmente, você tem que se concetrar nas irregularidades da trilha quando vai pro mato, com trânsito quando está nas ruas e com os farofeiros que insistem em plantar a bunda no meio da ciclovia quando vai para os parques (abrindo um subdiálogo, eu odeio isso, você tá ali no seu ritmo louco e vem um fdp pra quebrar sua frequência de pedalada, eu também não valho 1 mísero centavo e faço o favor de jogar minha possante contra a turma da farofa).

Comecei a correr por motivos de força maior, meio contra a minha vontade, por conta de uma exigência de um teste físico que terei que fazer. Sempre fui uma viciada em esportes, porém a idéia de correr distâncias maiores que 200 m me dava tremelique. Era começar a correr, pra começar a sentir zonza e ofegante, com as pernas pesando 1 tonelada, pra eu parar antes de completar o 1o kilômetro. Era um bloqueio psicológico mesmo. Um belo dia, já meio desanimada com meu desempenho pífio, invoquei que ia correr o que era pedido e pronto. Aí comecei a empreitada e vieram todas aquelas sensações horrorosas, mas decidi que ia manter o foco. Com a minha insistência, depois de algum tempo as pernas já não doíam tanto, consegui manter a respiração e ganhei como recompensa o tal estado "alfa". Pronto, venci o meu bloqueio psicológico.

Agora sim entendo direitinho essas pessoas viciadas em corrida. Que levam o corpo aos limites e que não conseguem parar. É o vício em endorfina, que também se manifesta em outros esportes, e esse vício causa umas crises de abstinência. Já tive níveis doentios de abstinência de exercícios físicos, ao ponto de ficar neurótica quando o professor de karatê faltava ou quando chovia muito e não conseguia sair com a bike. Tinha vezes que mesmo com chuva me mandava, e quando os outros me chamavam de louca por voltar ensopada pra casa, simplesmente ria e falava "ora bolas, eu não sou feita de papel". Essa maluquice me custou uma infecção bacteriana braba na garganta. Ficava num mau humor impossível no dia seguinte se não conseguia fazer exercícios. Sempre fui uma viciada em endorfina. Agora parece que com a corrida esse vício anda se potencializando, apesar de ainda ser uma mirim nesse esporte.

Trepar na bike sempre foi uma das minhas principais fontes de se obter orgasmo (claro, sem contar fazer amor com um cara de preferência saradinho). Mas assim como o sexo, é sempre bom procurar outras alternativas de exercícios para que o seu "transe endorfínico" não caia na mesmice.

I can go my own way!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O doping de armário

César Cielo ganhou os 50m e os 100m livre, com direito a recorde mundial !!!!! Parabéns ao Césão! Ele merece! Aliás desde o Gustavo Borges e o Xuxa que não me empolgo tanto pra assistir as competições de natação.

Enfim, essa história toda do Césão levantou a polêmica dos trajes de natação ultra tecnológicos. Falam por aí que essa onda de recordes se deve à revolução dessas roupas e tal. Bom, peço licença para entrar nessa ceara da mecânica dos fluidos novamente. Sim, concordo plenamente em se tratar de uma evolução e tanto, sabendo que a sungona usada em 1910, 1920 era de algodãozão, pesava uma tonelada e afundava os nadadores como chumbo. Depois vieram as sungas em poliéster, o que já foi uma evolução e tanto. E agora os trajes...com coeficientes de atrito baixíssimos, mais leves que um pluma, imitando a pele de tubarão. Basicamente o atleta se veste com uma camada finíssima de um filme de poliuretano e pra vestir o traje demora de 40 min a 1h, um verdadeiro parto. Pergunto agora: o quanto isso influi no desempenho?

Na parte de propulsão a hidrodinâmica é importante sim, para que o escoamento da água ao redor do corpo humano seja o menos turbulento possível. E no quesito hidrodinâmica divido em duas variáveis: o formato do corpo do atleta e a superfície que recobre esse corpo. O design com mais o tipo de fibra muscular é o que responde por uns 99% do desempenho. Falando de design do corpo (determinado pela genética), o que favorece é a parte superior do corpo ser maior que a inferior e também mais larga. Braços compridos. Pés chatos e grandes. Pode reparar que a maioria desse animais aquáticos tem o formato de "torpedo".

Bom, é fato que a rugosidade da superfície influi senão não haveria toda essa polêmica. Onde isso influi? Quanto maior a rugosidade da superfície, mais irregular será o escoamento da água através do corpo. Em temos de mecânica dos fluidos, a rugosidade alta irá favorecer um escoamento turbulento da água. Ela atua como um freio para a velocidade de deslocamento do nadador. Mas na boa, acredito que isso iria ser mais significativo se a nossa pele fosse realmente uma lixa daquelas número 20, aí sim iria produzir um turbilhonamento grande pra se tornar um obstáculo. O que não é. A mesma coisa envolve os pêlos corporais...Mark Spitz era um peludão, com um bigodão respeitável, e mesmo assim foi um grande recordista. Os pêlos só vão fazer efeito se realmente você for um primo It, da família Addams. Ou talvez o Tony Ramos. Também fica a minha dúvida: se a meta é mesmo reduzir os coeficientes de atrito do maiô à índices ínfimos, por que não há essa briga de foice para as toucas?

Na real, não acredito no "doping de armário". O doping químico faz muito mais efeito que o "doping de armário", é uma escolha de resultados rápidos e consistentes. Porém ainda sou romântica e continuo acreditando que a melhor escolha para ser um campeão é simplesmente esforço e dedicação.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Equipamentos de bike

Olá !!!

Muita gente pergunta sobre os equipamentos de ciclismo, se é realmente necessário e talz. É um investimento inicial do qual não se tem escapatória. Fiz uma listinha do que acho muito necessário, seguido pelas foteeenhas tiradas dos meus próprios equipamentos para dar de exemplo.

Capacete- Sem dúvidas, deve ser o primeiro equipamento a ser comprado. Comprou uma bike descente, comprou o capacete. Ele deve ser usado até pra ir na padaria da esquina. Sério, esse equipamento vale uma vida. Já sofri um acidente de bater com a cabeça na quina da calçada, e a pancada foi tão forte que perdi os sentidos. Isso ainda é mínimo. Muita gente já morreu por conta disso. Não bobeie. Os melhores capacetes são da Giro. Eu tenho um de marca intermediária, a Prowell. Satisfatório.



Luvas- Tenho duas, uma com os dedos de fora para os dias normais e outra inteiriça, para os dias frios. Como tenho as mãos pequenas, foi um parto achar uma luva que coubesse. A com os dedos de fora é da Fox, com o tecido de Novax, que deixa a pele transpirar. Com isso, quando você tira a luva, não fica fedendo e com o aspecto melequento. A luva inteiriça é da Decathlon. Não é tão sofisticada quanto a de Novax, mas serve ao propósito. Pra que serve a luva? Primeiro, ela ajuda na "pilotagem". Segundo, ela evita raladas na palma da mão durante uma queda. Pode reparar, há um reforço na palma da mão nas boas luvas. A pele da palma da minha mão nunca mais foi a mesma. Equipamento essencial também.


Bermuda- As razões para o uso da bermuda reforçada com espuma estão descritas no post "a almofadinha controversa". Portanto, se você quiser evitar dores na bunda e pior, ficar com o traseiro assado, a compra dessa peça é uma boa. Porém não é um equipamento de ultra necessidade. A minha bermuda é da Nike. Tenho também uma calça de ciclismo da Reebock, que uso em dias frios.




Malha, maillot, maglia, camiseta, whatever- Também não é artigo de 1a necessidade. Porém uma roupa colada ao corpo favorece a aerodinâmica e evita o que eu chamo de "efeito batman", quando a roupa muito solta fica balançando com o vento. Isso me irrita um tanto. Outra coisa que gosto no uso das malhas de ciclismo são os bolsos localizados nas costas, onde guardo a chave de casa, documentos, barras de cereal, carbogel e outras coisas. É muito prático.Tô agora com 4 malhas: 2 da try on, uma da marca taek (o meu maillot jaune!!!) e uma da fox.



Reforço contra o frio- Tenho duas camisetas de manga comprida de malha térmica Coolmax, e mais uma calça desse material, peças que uso por debaixo da malha. Todas essas peças são da Quéchua, marca de esportes de montanhismo da Decathlon. Ótima relação custo benefício! Apesar de não serem peças feitas exatamente para o ciclismo, elas cumprem muito bem a função. São leves, permitem a transpiração e ao mesmo tempo aquecem.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Tour de France

Infelizmente o ciclismo não é tão popular no Brasil, por isso muito poucos sabem alguma coisa do Tour de France, a maioria nem deve saber do que se trata. Bom, é a maior competição de ciclismo de estrada do mundo, cujo percurso contorna todas as regiões da França. Incluindo Alpes. Incluindo Pirineus. Incluindo Riviera Francesa.

O tour acontece todos os anos no mês de julho e é subdividido em etapas, cada etapa partindo de uma cidade até outra, percorrendo em média 170 km, podendo chegar a 220 km em algumas etapas mais heavy metal. A organização do evento, numa atitude simpática, sempre inclui etapas em países vizinhos. Nesse ano de 2009, o tour vai passar por Barcelona, Andorra e Verbier (Suiça). A lógica do vencedor é muito simples...é quem faz o menor tempo total. Para isso são somados os tempos de todas as etapas. Assim, não necessáriamente quem vence uma etapa é o líder geral da competição.

Para estimular a competitividade, durante o percurso os líderes da prova são distinguidos por cores de camiseta específicas. São elas:

Le maillot jaune (amarela) - Usa quem é o líder geral da competição, ou seja, quem tem o menor tempo na somatória de todas as etapas até então.



Le maillot vert (verde) - São atribuídos pontos durante os sprints intermediários e na linha de chegada (leva mais pontos quem passar em primeiro pelas marcas intermediárias e pela chegada). Essa camiseta é usada geralmente por corredores sprinters, que acumulam o maior número de pontos.

Le maillot blanc à pois rouges (branco com bolinhas vermelhas) - É atribuído ao melhor escalador. Ao final da subida de uma montanha importante, existe uma marca onde quem passa primeiro ganha um certo número de pontos. Cada montanha tem um nível de dificuldade, quanto mais difícil, maior o número de pontos atribuídos.

Le maillot blanc - É atribuído ao melhor competidor jovem, de até 25 anos, na classificação geral.



Quem tiver interesse, o tour é transmitido pela ESPN. Quem não tem tv à cabo, pode tentar a transmissao ao vivo de algum canal pela internet. Lembrando que na internet a língua que pode aparecer a transmissão é um x...pode ser de alguma tv espanhola, francesa, alemã, inglesa....Os resultados podem ser acompanhados pelo site oficial do tour: www.letour.fr

sábado, 27 de junho de 2009

Magali, a ultra magrela


Zentem! Se tem uma coisa na qual sou completamente incompetente é pra montar bikes. Como diz o ditado, casa de ferreiro, espeto de pau kkkkk.

Admiro muito os amigos que possuem esse talento e não dependem de mecânicos de bikes para sobreviver. Parentese. Eu sou completamente refém deles! Aqui em São Paulo ainda não achei nada de confiança (se alguém souber, por favor me avisa!). A relação ciclista- mecânico é como a relação de nós mulheres com os cabeleleiros. Voltando agora ao assunto, meu amigo montou essa speedy aí...ele passou uns dias montando essa belezinha...A parte traseira do quadro é toda em fibra de carbono. Ele quer ver se consegue ainda comprar um quadro inteirinho em fibra.

O nome da bici dela ficou Magali, a ultra magrela. Tudo a ver.

O seu pneu X gasolina do posto

Pneu é um componente muito complexo do carro. Muitos nem imaginam isso, mas a fabricação de pneu dá muito trabalho, podia perder um tempão dando uma aula sobre pneu, podia perder semanas e tal, mas não é o caso. No site da Michelin (www.michelin.com.br) tem uma seção de como funciona o pneu, super interessante pra quem quiser se aprofundar. O objetivo aqui é dar o aviso aos navegantes...

Cuidado com as poças em postos de gasolina, manobre seu carro de modo a evitá-las. Isso porque a gasolina e/ou outros agentes químicos que estão presentes nessas poças são solventes da borracha. Não, o seu pneu não desaparecer por completo, não vai virar purpurina. Isso porque a estrutura química da borracha impede isso. Na borracha há pequena densidade de ligações cruzadas, ligações essas que amarram uma cadeia carbônica na outra, assim o solvente não consegue separar uma cadeia da outra para ocorrer dissolução completa. Mas há um porém...o solvente chega a penetrar na borracha...e assim o pneu começa a inchar. Uma vez inchado, ele não volta mais ao estado inicial, comprometendo assim o desempenho e diminuindo a vida útil.

Parece um aviso bobo, mas não é. Atenção dobrada com pneu do seu carro. Ah, outra coisa...verifique sempre o prazo de validade do seu pneu reserva (step...é assim que escreve?). Por mais que ele nunca tenha sido usado, pneu tem sim prazo de validade! Se tiver vencido, favor trocar. Pneu pode ser um ítem caro, mas a sua vida vale sempre vale muito mais que isso.

domingo, 21 de junho de 2009

Receita do "tchai" e suas variações

Como sou maluca por chás, resolvi experimentar a receita do "tchai" indiano, tão propagandeado pela novela da Globo. O "tchai" nada mais é que um chá preto turbinado com especiarias. A receita original é bem forte e bem heavy metal, eu pelo menos gosto, mas acho que pode desagradar a alguns paladares brasileiros...Vou passa-la na íntegra e a seguir algumas adaptações à paladares mais sensíveis.

Você vai precisar de:
  • 2 copos médios de água
  • 3 sementes ou meia colher de café de cardamomo moído (esse ingrediente é encontrado em empórios ou mercados municipais)
  • 1 pedaço pequeno de gengibre ou meia colher de café de gengibre em pó
  • 2 paus de canela
  • meia xícara de chá de leite
  • 1 colher de sopa beeem cheia de chá preto a granel, pode ser do tipo Assam (mais comum no Brasil, gosto muito do chá Ribeira) ou do tipo Darjeeling (caro pra cacete, mas o melhor chá preto que já experimentei).
  • 1 colher de sopa de açúcar
Numa panela aqueça o cardamomo, o gengibre, o açúcar e a canela. Mexa com uma colher de pau até que a canela abra e solte um caldo. Junte água fervente à mistura e ferva em fogo baixo por 5 minutos. Adicione o leite e deixe aquecer por uns segundos, sem levantar fervura. Desligue o fogo, adicione o chá preto e deixe descansar por uns minutos, para tomar gosto. Coe o chá e sirva!

Agora as adaptações...a quantidade de especiarias podem ser diminuidas. Ao invés de 2 paus de canela, use somente um. O cardamomo ter um sabor muito forte, assim como o gengibre. Eliminando o cardamomo e diminuindo o gengibre, o sabor fica mais suave. A adição de leite deixa a mistura mais pesada, assim dá para se fazer sem esse ingrediente.

Essa mistura bombada de chá e especiarias é um excelente digestivo. Bom apetite!

Tubo de Pitot

Essa é beeem polêmica!!! E eu adoro coisas polêmicas!!! Principalmente quando une notícias bombásticas de jornais e revistas com traquinagens de faculdade. Pois bem, li nos jornais que o avião 447 da Air France caiu por falhas nos tubos de Pitot. Afinal, what fuck is that?

Antes de mais nada, segundo conversas com amigos meus que seguiram o ramo da engenharia aeronáutica, um avião nunca cai por uma falha única. A margem de erro por falha de um único equipamento é pequena. Então a probabilidade de uma queda é maior quando propagamos os erros de falha somando os erros de mais de um equipamento. No caso de um avião, pelo menos três causas são necessárias. Essa história de que o avião caiu por conta unicamente de falha no tubo de Pitot é conversa de jornalista sensacionalista e mal informado. E pela nossa experiência no ramo da engenharia, na maior parte dos casos de acidentes aéreos, o fator "cagada do piloto" está presente. Bom, não é complô pra tirar a bunda dos engenheiros da reta, simplesmente é um dado estatístico.

Bom, mas vamos agora ao famigerado tubo de Pitot. É um tubo mesmo, em forma de "L", simples, tosco, nada demais, não demanda grandes projetos de engenharia para obte-lo. Ele serve basicamente para medir a velocidade em escoamento de fluidos. Acho que o meio que todos mais conhecem para medir velocidade é através do tempo que uma partícula identificável leva para percorrer uma distância conhecida. No caso do tubo de Pitot, usamos a pressão como conceito.

Aqui se encontra a relação para leitura da velocidade, tirada de um antigo relatório de laboratório. Eu não vou perder meu tempo com a dedução completa, quem se interessar posso passar o pdf com o maledeto relatório de faculdade:

h2= v1²/2g

Sendo: h2= coluna de fluido do tubo de Pitot acima da superfície livre
v1= velocidade do fluido
g= gravidade


Até pra quem não é engenheiro, dá pra desconfiar que a coluna de fluido tem tudo a ver com pressão. Pressão estática= (densidade do fluido x altura h)/ área. É claro que a dedução da fórmula envolve conceitos mais avançados de mecânica dos fluidos, experts no assunto por favor me perdoem, mas simplifiquei assim para que qualquer um possa entender o que se passa. A figurinha do relatório é meio tosca, mas acho que dá pra entender. Não pensem que o Pitot instalado no avião é algo diferente desse troço.

Das lembranças de faculdade, sobra a molharia que reinava geral nos laboratórios de fenômenos do transporte. Porque afinal, o fluido mais simples de ser cobaia de laboratório é a água.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Franguinho grelhado com salada !? Tô fora!


Estou aqui me entretendo com as Delícias de Araxá...Importei para São Paulo doce de leite e bananinha embrulhada na palha. Adoro também doce em compota, doce de abóbora, sidra, mamão verde (para, tô aqui salivando de vontade). Enfim, como uma descendente de italianos, sou uma amante da boa comida.

Sempre prego que quando se viaja, economizar na comida é uma burrice tremenda. Comida é o combustível principal para fazer os passeios e aproveitar a viagem, sem ele você não tem energia nenhuma. Fora que experimentar a cozinha típica de um lugar faz parte do conceito viajante de ser. Por mais bizarro que o prato possa parecer, merece ser experimentado. Minha mãe sempre falava para mim que não se pode dizer que não gostou da comida sem ter experimentado. É verdade. Pratos feiosos podem reservar boas surpresas.

Outra coisa que me emputece um tanto não é a economia de dinheiro e sim de calorias. Em Ouro Preto fui comer num restaurante típico.Tinha um buffet muito louco de quitutes da roça: feijão tropeiro, ovo frito, lombinho assado, couve refogada e aqueles torresminhos crocantes divinos. Foi aí que me deparei com uma cena bizarra: uma mulher reclamando que não tinha frango grelhado pra comer com salada. Ai, me deu uma vontade de mandar a sujeita pra...aquele lugar...Em restaurante da roça querer franguinho com salada!!! Que heresia!!! Pior, é uma hipocrisia sem noção, porque a senhora estava com um ligeiro sobrepeso ( pra não chamar de rolha de poço).

Aposto que pessoas assim comem franguinho com salada no almoço, mas no meio da tarde tão lá assaltando a geladeira. De que adianta o frango com salada, se depois a sujeita vai se entupir de "Delícias de Araxá" kkkkkkk? Minha senhora, entenda uma coisa, as calorias do torresminho vão ser queimadas muito rápido estando a senhora em Ouro Preto e pretendendo visitar aquele mundaréu de igreja e museu. Lá o melhor meio de transporte é andar à pé. E Ouro Preto + cidades históricas tem um circuito bem heavy metal para se andar à pé, com umas ladeiras de Deus me livre. E ninguém morre por comer torresmo. Meu vô tem 87 anos e tá aí no circuito, segundo informações, ele passou a vida toda cozinhando com banha e comendo quilos de torresmo.

Claro, não estou sugerindo que se coma torresmo todo santo dia, principalmente se você quiser evitar morrer de infarto. Só que é muito chato evitar de provar as delícias de um local por conta de contagem de calorias. Cai fora!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Africanidades

Quando visitei as igrejas de Ouro Preto, passei mal. Aquela riqueza, as paredes cobertas de ouro, os anjinhos dourados, a prataria, os cristais, as Virgens Maria e etc, aquilo tudo me incomodava muito. Isso porque pra cada obra de arte coberta de ouro me passava pela cabeça a quantidade de escravos negros que morreram pra fazer aquilo. Aquele altar de riqueza, prometendo um lugar ao céu, cheirava a morte. Acredito que o caminho do céu não é banhado a sangue.Isso me faz totalmente solidária ao sofrimento dos negros, e acho que essa parte hedionda da história não deve ser ocultada.

Mas isso não serve de desculpa para impor a cultura africana, como vejo acontecendo nas universidades. Faz 2 semanas que me deparei com um cartaz na UFCar anunciando vagas para professor da disciplina "Africanidades". Esse argumento dos grupos de direitos dos negros de que se deve reparar séculos de maus tratos colocando cotas nas universidades e tornando a disciplina "Africanidades" obrigatória nos cursos de nível superior simplesmente não procede. Quer dizer então que se deve combater a imposição da cultura européia por séculos descendo goela abaixo as tais "Africanidades" !?!

Acredito que uma sociedade democrática está apoiada nos pilares da meritocracia e da liberdade de escolha. O vestibular tradicional já é uma celebração à meritocracia. Até onde sabia, não havia a menor distinção de cor, credo e condição social para se fazer a prova. A mesma coisa para ocupar as vagas oferecidas, ocupava a vaga quem tirava a maior nota e pronto. Agora por um pensamento deturpado, está se favorecendo uns em detrimento de outros. Tem vários grupos de discussão sobre cotas na internet e não vou me estender mais sobre o assunto.

Agora a questão das "Africanidades"... isso fere o direito de liberdade de escolha. E se eu não me interessar por cultura africana? E se eu não quiser aprender nada a respeito disso? Não posso trocar a disciplina "Africanidades" por "Orientalidades"? Porque afinal o orientais também são um povo subjugado pelos europeus, todos eles, chineses, japoneses, vietnamitas, hindus...Não posso trocar também por "Culturas Pré Colombianas"? Sou uma fanática por civilização Inca, acho totalmente fantástico! Tudo isso faz parte da história e tem tanto valor quanto as tais "Africanidades". Como disse no começo do post, me solidarizo com os negros e não tenho nada contra a cultura africana. Acho que isso tudo deve ser divulgado e posto à disposição de quem queira se interessar. A minha crítica é tão somente a imposição desses valores. E fico somente incrédula de ver vocês negros quererem reparar um erro do branco com outro erro mais grosseiro. Sejam superiores! Incentivem, mas não forcem a barra.

sábado, 13 de junho de 2009

Ôro Preto




Por mais que tenha viajado o Brasil todo, sempre falta algo pra se ver. Ouro Preto é um grade surpresa, nunca tinha visitado essa preciosidade ultra turística, mas ao mesmo tempo com tantas outras coisas inexploradas para se conhecer. A primeira impressão é que parece que a cidade parou no tempo. Mesmo que não se encontre donos de minas, senhores de escravos, negros escravos e alforriados, madames com brincos enormes de diamantes, mesmo assim parece que eles vivem ali, ainda que os atuais habitantes e transeuntes sejam outros.

A reflexão maior talvez seja a sociedade hipócrita que se criou naquela época. Onde o ouro obtido à custa do sangue de milhares de escravos era usado pra comprar as entradas para o céu. Onde o moralismo escondia falcatruas e injustiças. Mas enfim, apesar desse lado negro do passado, a beleza dos casarões é de impressionar quaquer um.

O surreal de Ouro Preto é a densidade de igrejas por metro quadrado. Sem brincadeira, num mesmo quarteirão cheguei a encontrar 3 igrejas. Numa vista panorâmica da cidade, contei 20 igrejas que meus olhos conseguiam alcançar, tirando outras fora do circuito. Por essa quantidade de igrejas, dá pra imaginar que o povo do período colonial já tinha garantido o seu lugar no céu.

As coisas da hora da cidade são os restaurantes simples, fora do circuito turístico, que servem lombinho com tutu de feijão. As casinhas que servem doces de compota também são 10. Para quem quer se inserir no circuito estudantil, as festas de república são a pedida. E, é lógico, a beleza do casarões fala por si só.

Viajantes com destino às cidades históricas: aproveitem! Isso é Brasil!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Trilha Inca



















5 meses e 1 dia depois: Escrevi, escrevi e escrevi e ainda parece que faltaram algumas coodenadas à respeito da trilha Inca. Recebi muitos emails e pedidos de mais detalhes sobre essa empreitada sem noção. Sim, existe uma diferença gritante entre chegar a Macchu Picchu de trem e chegar à pé, depois de 4 dias de caminhada dura.

Se você quiser chegar a Macchu Picchu pela trilha Inca tradicional, faça a reserva com muiiita antecedência, aconselho pelo menos uns 3 meses. O troço lota, mas bomba demais de estrangeiros. Todos os dias sobem pelo menos uns 20 grupos. E o governo peruano anda apertando o cerco, restringindo a apenas 500 pessoas por dia dentro da trilha. Dá para se fazer a reserva ainda aqui no Brasil, através do site http://www.brasildemochila.com.br/ . Também se pode pesquisar por agências locais de Cuzco na Internet, de onde também é possível se fazer a reserva. O preço gira em torno de US 200 a 300 por 4 dias de trilha, incluindo as refeições e o equipamento de camping.

Porém se você decidiu viajar de última hora e não teve tempo hábil para reservar a trilha Inca tradicional, não desista da sua aventura! Há duas trilhas alternativas, a de Salkantay e o caminho de Santa Teresa, essa última incluindo a descida de um barranco com bicicleta. Em termos de aventura, paisagem e cultura Inca não deixam muito a dever para a trilha tradicional. Vale muito a pena! Só não vale ficar resmungando porque não conseguiu subir até Macchu Picchu à pé.

Agora atenção! Pra fazer esses troços tenha um mínimo de preparo físico porque você passa aproximadamente 8 horas por dia caminhando, e não tem refresco, são 8 horas de subida! E as subidas não são nada parecidas com o que se encontra no Brasil, os barrancos são íngremes e vai exigir muito das suas pernas. É dureza! Trilha Inca? O início da mesma deve ser pelo menos 4 dias depois da chegada em Cuzco por conta do mal da altura. Não dê bobeira.

Deixe a sua mochila o mais leve possível, faça um exercício de desapego. Leve o mínimo dos mínimos. Somente 1 calça, 4 camisetas, um casaco, 4 meias, 4 jogos de roupa íntima, capa de chuva e 1 toalha (leve bikini ou sunga caso o passeio inclua banhos termais), fora o kit de higiene. Dentre as camisetas, leve pelo menos uma regata (para as mulheres, blusa de alcinhas), porque a trilha passa por trechos de selva (sim, muito incrível isso!) onde faz um calor infernal.Não invente, porque senão suas costas vão pagar o preço. Na trilha tradicional não há como tomar banho! Seja nojento mesmo e durma com a roupa do corpo porque a noite é uma friaca desgraçada. Aliás, se prepare para as variações bruscas de temperatura. Acessórios obrigatórios: filtro solar e repelente de insetos. Os mosquitos não pedoam!

Como a trilha vai exigir muito de você, não economize em “combustível”. Não preciso dizer que água é fundamental, principalmente nos trechos de selva. E leve barrinhas de cereal na mochila pra comer durante a caminhada. As refeições nas trilhas são boas, mas enfim, no meio da caminhada sempre se precisa de um gás. Mascar folhas de coca ajuda muito também! Racionar água e comida é uma economia burra!

No mais, boa sorte e bom passeio!

A parada gay perdeu a graça

Acho que em outra encarnação devo ter sido um vecão bem espalhafatoso, cheio das purpurinas. De tanto desmunhecar, devo ter pedido para nascer mulher na minha atual encarnação, e o pedido foi atendido. Mas mesmo sendo mulher, minha alma ainda é de vecão. Dizem que toda mulher tem um dia de travesti...bem, acho que para a que vos escreve dias de travesti não são um fato puntual, mas sim uma constante. Todos os dias são dias de travesti.

Essa introdução serve para explicar também meu fascínio pela parada gay de São Paulo. Minha primeira parada foi em 2002. Partia perto do shoping Paulista e chegava quase na praça da República, o percurso inteiro rachando o bico de tanto rir. Tinha os trios elétricos tocando "Macho Man", "I will survive", "Dancing Queen" e outros hinos bibas, era delirante. O mais legal era conhecer um monte de gays gente fina, com os quais me juntava para rebolar na avenida. E, last but not least, não era incomodada, molestada, ningém passava a mão na minha bunda, não era prensada no meio da multidão. Enfim, era muito sossegado e tranquilo, e tinha um final feliz. Mas infelizmente isso está cada vez no passado.

O evento triplicou de tamanho, virou algo gigatesco. E parece que não anda se resumindo em somente um punhado de bibas que querem se divertir e andar de mãos dadas com seus parceiros sem represálias. O público agora é majoritáriamente heterossexual, só que não são os héteros desencanados que nem eu, que só querem se divertir. É um pessoal que chega pra arrumar confusão, baixar o nível do evento. Não acreditei quando ano passado fui bolinada na parada gay. E não foi por uma lésbica. Aliás lésbicas são muito na delas, nunca sofri nenhum tipo de abordagem agressiva por parte delas, se os homens seguissem o exemplo das lésbicas ia ser muito melhor. Além desse fato lamentável, o número de participantes aumentou tanto que fica quase impossível seguir os trios elétricos sem ser prensado. É impossível soltar a franga e dançar ali. Presenciei muitas brigas também, envolvendo a polícia inclusive. E as brigas, adivinhem, eram a maioria entre marmanjos, nunca entre moças e bibas. O pior ainda estava por vir...No fim da festa tinha muita gente deitada e espalhada por toda a avenida. Só que não eram pessoas simplesmente alcoolizadas...as pessoas ali estavam completamente drogadas. Nojento.

Por essas e outras, esse ano a parada gay não vai me fazer a menor falta. Decidi viajar no feriado para Minas Gerais e não estou com a mínima dor na consciência. Enquanto a parada gay não voltar a ser como antes, o que acho difícil já que se perdeu o controle das coisas, permanece aqui a minha indiferença.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A almofadinha controversa

Fato: depois de algum tempo sentado no selim da bici, o seu traseiro irá sentir o drama. Esse tempo x depende do quão calejada está sua bunda, podendo variar de meia hora até alguns pares de dias. Fico imaginando o povo que compete no Tour de France...são quase 30 dias seguidos pedalando em média 8h por dia, haja traseiro pra tal. Esse maltrato no derriere piora em estradas irregulares, com buracos, lombadas, e principlamente em estradas de terra.

Já passei por situações ultra deploráveis de descobrir meu traseiro completamente assado depois de passeios mais vigorosos. Cheguei no ponto de ter que passar hipoglós e bepantol que nem se faz com bumbum de bebê. Contando o ocorrido dessa maneira acho que vai ter gente que vai pensar que fico dando o rabo compulsivamente. Ow, essa brincadeira é velha entre nós ciclistas...kkkk. Gente, a culpa é do selim mesmo, juro ahahahahahahahaha.

É meio inevitável sentir dores no local, mas é possivel retardar ou amenizar os efeitos. Sempre que aparecer um obstáculo, levante do selim para contorna-lo, porque permanecendo sentado você irá sentir um tranco forte que é totalmente evitável. Outra maneira de amenizar é o uso de bermudas de ciclismo com uma almofadinha de reforço. Essa almofadinha é meio controversa. Uns não saem sem esse tipo de bermuda. Outros nem querem saber de usar, se sentem desconfortáveis com isso. É questão de gosto. Confesso que no inicio estranhei a tal da almofadinha, mas depois me acostumei e relamente melhorou as dores no traseiro. Acredito piamente que é um bom investimento comprar uma bermuda dessas. A bemuda é algo mais necessário, a calça com almofadinha pode ser comprada depois, porque é uma roupa que geralmente custa bem mais caro. Isso porque em dias frios é possivel sobepor a bermuda em cima de um legging comum.

Saindo das dores no traseiro e indo para dores em outros lugares...Meninos, essa é para vocês. É meio constrangedor falar isso, mas verdade seja dita: ficar muito tempo sentado prejudica as "jóias da família". Por dois motivos: a pressão em cima do complexo genital e a temperatura, que aumenta na região por causa do tempo de exposição. O aumento de temperatura prejudica a fertilidade sim senhor. Aos meninos que são praticantes, sugiro consultar um profissional urologista, que irá dar informações mais precisas e os cuidados para evitar desastres.

domingo, 7 de junho de 2009

In the navy

Será que o próximo espadão vai ser o meu? Deus queira...
A prova foi hoje...
Estou doida pra voltar pra "casa", depois de quase 10 anos fora.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Top Alfajor

Não tô aqui fazendo propaganda de empresa nenhuma!
Durante minhas explorações por Buenos Aires fiz um ataque num supermercado pra comprar alfajores eheheh. Me recomendaram comer do Havana, mas quando passei por uma loja do Havana tava sem dinheiro pra comprar. É meio caro... Aliás, recomendo comprar num supermercado as marcas nem tão famosas assim...Elas reservam boas surpresas. E, na Argentina, faça como os argentinos. Eles provavelmente compram esses doces em supermercados.

Meu ataque estourou a sacola. Lá na Argentina a Nabisco e a Nestlé entraram no mercado de alfajores. Essas marcas de chocolates e biscoitos tipo Milka, Oreo e etc tem seus alfajores homônimos. Mas a grande suspresa foi um tal de Jorgito, custando 0,89 pesos. A melhor relação custo benefício, porque o danadinho es re bueno!

Adoramos o Jorgito. Quem for pra Argentina, por favor nos avise e traga o tal do Jorgito.

Carros automáticos- dando um gás nas ultrapassagens

Esse truque foi ensinado pela minha amiga Bel. O pessoal que curte carros esportivos simplemente odeia carros com transmissão automática. Uma das razões é muito simples: as arrancadas de carros automáticos são fraquinhas em comparação com os manuais. Na transmissão manual você pode simplesmente reduzir a marcha para uma de maior torque sem maiores problemas. No automático é mais difícil escolher uma relação assim a bel prazer...Isso prejudica, e muito, na hora de se fazer ultrapassagens.

Mas eis que podemos forçar a barra e "enganar" a transmissão automática para conseguirmos dar um gás nas ultrapassagens. Um pouco antes de ultrapassar, tiramos levemente o pé do acelerador, para forçar a rotação a baixar. Quando a rotação baixa, forçamos a redução. Feito isso, é só pisar com tudo no acelerador até o batente e dar tchauzinho!

Mesmo com esse truquezinho, o automático não tem o mesmo desempenho de um manual...Mas que ajuda, ajuda...Principalmente pra evitar aquele desespero de acelerar até o talo e a transmissão ficar "gritando".

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Le debut


Le debut...A primeira vez a gente nunca esquece.

São Paulo, junho de 2006. Estava de férias da faculdade e completamente entendiada. Queria viajar para quebrar aquele marasmo. Chamei meu irmão e ele não topou. Chamei um monte de amigo e ninguém topou. Até que uma amiga tava quase topando viajar comigo de ônibus até Ouro Preto- MG, quando ela desistiu de última hora. Eu já tava quase embarcando no ônibus quando me deparei com uma promoção de passagens aéreas ida e volta de SP a Caxias do Sul por R$ 50,00. Foi a deixa! Mais barato que ir a Minas Gerais! E ainda por cima chegando no Sul de avião!

Me lembro bem...comprei a passagem numa terça feira e numa quinta, bem cedo, já tava embarcando pra Caxias. Fui sozinha mesmo, mandei os outros lamberem sabão (pra não dizer outra coisa). Não tinha reservado hotel, albergue, nada...Não tinha a mínima idéia do que iria fazer quando chegasse por lá. Completamente na cega! Me lembro que cheguei no Aeroporto de Caxias e peguei um ônibus circular até a rodoviária, com toda aquela tralha nas minhas costas. Decidi tomar um ônibus até Gramado, assim na louca. Lembro que fui chegar em Gramado era mais de 10 h da noite e por sorte tinha vaga no albergue da cidade. O tour começou bem assim rsrsrs.

Foi muito bom! Minha primeira aventura foi ter visitado toda a serra gaúcha em ônibus circulares. Passei por vinhedos, cidadezinhas perdidas no mapa, comi em cantinas simples massas muito gostosas e sentei em vários bancos de pracinhas simplesmente para tomar sol num frio matinal de 2°C. Os dois passeios que fechei em pacotes foi a visita e degustação na vinícola Miolo e o passeio de Maria Fumaça. Ambos surpresas muito agradáveis. A Maria Fumaça foi um caso a parte, pensei que fosse aquela coisa chata de passeio para 3a idade. E realmente a 3a idade estava presente em peso. O porém é que durante o passeio era servido vinho pro povo...Para numa estação bebe vinho...na próxima bebe mais vinho...e mais...e mais...E no fim tava todo muito muito alegre e pagando bafão cantando "La Bella Polenta". Foi hilário ver os velhinhos trançando as pernas. E eu lá no meio, igualmente "alegre".

Não precisamos necessáriamente sair do Brasil para ter uma experiência louca! Meu debut prova isso!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Sendo um viajante

Vou tentar repassar a essência do que é ser um viajante....

Primeiro gostaria de dizer que a atividade de turismo é algo recente na humanidade. Séculos atrás ninguém se atrevia a viajar somente pelo prazer de viajar. Viajar era algo perigoso, arriscado, quando nao se havia automóveis ou onibus e o transporte via marítima era algo penoso. Sabemos que agora há muitas facilidades em termos de deslocamentos. O turismo começou a ganhar força quando se consolidaram as leis trabalhistas e as férias e folgas passaram a fazer parte da vida do trabalhador. Fazer turismo é algo absolutamente normal.

Ser turista é aproveitar, relaxar e descansar. E quanto a ser um viajante? Envolve isso e muito mais...O viajante procura se envolver com a cultura do local visitado. Se relacionar com os habitantes locais. Aprender novos hábitos e uma nova língua. Procura, depois que volta pra casa, incorporar a cultura e costumes aprendidos à sua rotina. Enfim, ser viajante é procurar uma nova experiência de vida.

Nada, mas absolutamente nada contra agências de viagens e seus pacotes.Realmente é mais prático, não tem que pensar em onde ficar, onde ir, em nada...As vezes é isso que queremos mesmo. Porém a liberdade e o contato com a cultura local que uma viagem independente proporciona é uma experiência única. O problema é que liberdade dá um trabalho...Como tudo na vida.Fazer todo o planejamento de itinerário, previsão de gastos, tomar decisões...Fora o risco maior de cair em roubadas. Mas vale a pena, pois você é senhor absoluto do seu tempo. Dá para ir embora de lugares chatos mais rápido e pedir um bis naqueles super interessantes ou divertidos. Dá para fazer mudanças repentinas de roteiro sem dar muita satisfação. Como você é senhor do seu tempo, dá para perder totalmente a noção do mesmo.

Recomendo 100% uma viagem independente. Seja um viajante.

Como funcionam os albergues

Quando a gente fala que se hospedou em um albergue, muita gente tem arrepios. Acha que é um pulgueiro horroroso, com um monte de gente amontoada e com localização ruim na cidade. Alguns casos até pode se encaixar na descrição, mas na maioria das vezes nao é o que ocorre. Existem albergues até mais luxuosos que muitos hotéis por aí. Para mim, vejo como uma hospedagem barata, lugares simples porém limpos e arrumados. Tenho na minha mente que para fazer turismo não é necessário luxo, então uma caminha limpa já é suficiente. A maior vantagem dos albergues (tirando os preços mais baixos), é a possibilidade de se conhecer gente e fazer amigos.

O principal esquema dos albergues é que eles se baseiam na coletividade. Os quartos são compartilhados, assim como banheiros, cozinha e obviamente as áreas comuns, como sala, salão de jogos e etc. Talvez seja isso que assusta algumas pessoas, porque, sem enganar ninguém, a sua privacidade é reduzida, pois o mais comum são os dormitórios de 4 a 6 pessoas.É claro, sempre há opções de dormitórios e quartos privativos para 2, 3 pessoas, lembrando que aqui você paga mais caro pelo aumento de privacidade. Assim como os banheiros. A presença ou não de banheiro no seu dormitório pode alterar os preços.

Existe uma rede principal de albergues que é a hosteling international (conhecida também com a sigla HI). É a mais conhecida. Há também albergues alternativos, que podem ser melhores e mais baratos que a rede principal, mas aconselho aqui a você pegar dicas com outros viajantes a respeito do estabelecimento, se você pretende se hospedar nos alternativos. Pode haver barbadas excelentes ou roubadas inquestionáveis.

Quanto aos tipos de albergues, há de tudo. Desde prédios convencionais, até casas de família transformadas em hospedagens. Já vi coisas exóticas, do tipo albergues instalados em navios desativados, onde as janelas dos quartos são escotilhas. Ou mesmo antigos castelos medievais igualmente transformados em albergues. Gosto muito dos tipos "casa de família". Muitos deles são administrados por vovózinhas simpáticas, onde vc se sente mesmo dentro de uma casa de vó, mimado que nem...Há também aqueles onde rola mais zoeira e aqueles mais tranquilos, aí depende do gosto de cada um.

Alguns sites interessantes onde se é possivel fazer reservas:

  • www.hostelworld.com
  • www.hihostels.com

Atenção: É extremamente recomendável fazer a reserva dos locais onde você irá se hospedar com alguma antecipação para evitar eventuais sustos. Os sites acima cobram taxas em torno de U$ 1 para fazer a reserva. Há também o seguro cancelamento, também em torno de U$ 1, que também recomendo. É pouco, simples e rápido. Evite situações desagradáveis.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Viva a terra dos Boludos !



Chicas fazendo pic nic de mate em algum vilarejo perdido na Argentina.


Aqui está o meu top 5 das melhores e piores coisas da terra dos boludos.

É o que há:
  • Puerto Madero a noite.
  • La Boca e el Caminito (Boca Juniors é dispensável).
  • Massas frescas servidas nos restaurantes, que pareciam ter vindo da casa da vó.
  • Asados (sim, com um só "s") e Parrilladas.
  • Pic Nic com facturas (croissant doce) e mate.
Roubadas:
  • Os lugares são muito afastados uns dos outros.
  • Axé, pagode e sertanejo tocando nas radios porteñas. Cantado em espanhol.
  • Hordas de brasileiros mal educados circulando pela calle Florida.
  • Igreja Universal tomando conta dos subúrbios de Buenos Aires.
  • E por último, mas não menos importante: Los Boludos !!!

sábado, 4 de abril de 2009

Madalena é uma viga flertida



Acho que todos conhecem ou já ouviram falar da minha cachorrinha, a Madalena ou Madá, para os mais íntimos. Ela é uma dashund (cachorro salsicha) preta, uma senhorinha de quase 11 anos. A coitadinha sofre com bico de papagaio na coluna, e problemas de coluna nesse tipo de cachorro são muito frequentes, ainda mais na idade em que ela se encontra. Mas por quê?

Madalena é uma viga flertida. A coluninha dela é a viga e os apoios são as patinhas minúsculas. O cachorro salsicha é assim porque eles são de uma raça de cachorros anões. O corpo e a cabeça tem proporções de um cão normal, porém as patas ficam atrofiadas. O resultado do nanismo é esse, daí que eles tomam o aspecto de uma salsicha. E o que isso tem a ver com problemas de coluna? Pelo tamanho do corpo e das patas, a separação entre os apoios de sustentação da viga (ou coluna) é grande. Guardadas as proporções, é como se fosse aquele vão enorme do MASP. Aí o que acontece é que o momento flertor na região no meio da barriga é muito grande, maior proporcionalmente que em outras raças de cachorro. Como consequência, a flecha de deformação também. Os apoios que sustentam o MASP são projetados para aguentar o prédio, porém as patinhas da Madá não. É um valor muito alto para que as patinhas e a coluninha consiga suportar. Aí com a idade, a tendência do conjunto é ceder e gerar problemas.

Como evitar ou atenuar isso? Bom, alterar o design do cachorro não dá, já que esse é determinado pela genética. Ou melhor, pela manipulação genética cruel dos seres humanos. O jeito é evitar que o animalzinho fique obeso. É muito simples, quanto maior o peso, maior o momento flertor (das aulas de física, momento= força x distância, e força= massa x aceleração, portanto a massa tem tudo a ver com a situação). Portanto, ração light nos bichos. A Madá é um caso sério de se controlar, ela adora comer lixo e outras porcarias que estômagos normais não digerem. Ela é famosa pelos ataques bulímicos, de comer um monte de porcaria e depois vomitar tudo. Mas isso a gente já convive a quase 11 anos e com alguns sustos, como as duas cirurgias que ela passou para retirada de meias do estômago.

Eu tô estudando muita resistência dos materiais! Pessoas loucas aplicando conceitos de RM no cachorro. Isso não é normal. Vou consultar o psiquiatra...

:)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Aviso aos navegantes: eu vou voltar !


Abriu de novo o concurso para engenheiro naval. Estou no páreo! Tô que não aguento mais de saudades da farda. Mais do que isso, de me divertir o dia inteiro com a rotina militar. Era sofrido, era perseguição 100% do tempo, mas como sujeitinha sádica que sou, era tão engraçado rir da desgraça dos outros (ainda que isso custasse punição pra você depois kkkk).

Só lamento de não poder voltar pra Infantaria, mas simplesmente não preencho o mais básico dos requisitos: ter um troço a mais entre as pernas.Sorry! Mas o Selva Power será para sempre!

Aguardem!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Meu dedão e eu

Tive uma leitura impressionante dias atrás. Era um livro infantil chamado "Meu dedão e eu", que orienta crianças a largar o hábito de chupar o dedo. Muito bem bolado. É daquelas coisas que você acha boba no começo, mas depois se surpreende. Quem quiser comprar "Meu dedão e eu" para seu filho que fica chupando o dedão, vale a pena. E mesmo que você seja solteiro e sem filhos, também vale a pena a curiosidade, porque você extrapola o problema do dedão para tentar abandonar outros hábitos nocivos. As principais lições do "Meu dedão e eu":

1- Em quais situações você chupa o dedão? (ou fuma um cigarro, ou qualquer outra coisa irritante)
2- O que você sente quando está chupando o dedão? Raiva, tristeza, alegria? Preste atenção nos seus sentimentos e tente identificar um padrão.
3- Agora tente ficar sem chupar o dedão. Pinte numa tabela o sol, se você ficou sem chupar o dedão de dia e a lua, se ficou sem chupar a noite. Combine com seus pais um sistema de recompensa se você ficou um dia sem chupar o dedão, 28 dias e 60 dias. Ou, se você é adulto, faça agrados a si mesmo caso consiga superar um hábito irritante.
4- Para evitar de ficar chupando o dedão, use uma luva
5- Identificadas as situações que levam ao hábito, tente quebrar o padrão com atividades diferentes. Por exemplo, se você costuma chupar o dedão à tarde assistindo televisão, experimente andar de bicicleta (eu, ciclista inveterada, particularmente não pensaria duas vezes em fazer a troca!!!!).

O melhor de tudo, o sistema ABC:

A- Ação: por que aquela ação ocorreu?
B- Sistema de crenças: como aquela ação foi processada?
C- Reação: como foi a reação?

Exemplo:

Ação: Tirei nota baixa em matemática

Sistema de crenças: "Eu sou um idiota, nunca vou conseguir me dar bem em matemática"
ou
" Não me dei bem agora, mas quem sabe pedindo ajuda não consiga?"

Reação: "Chupar o dedo"
ou
"Passear com o cachorro para arejar a cabeça. Depois pedir ajuda pro vizinho"

O que me chama atenção é o nosso sistema de crenças. Para uma mesma situação, é ele quem vai determinar como vamos reagir. Isso é uma prova cabal em que a história do Matrix não é de todo fora da realidade, muito pelo contrário. O mundo é como é porque nós o interpretamos assim. Sempre me perguntei se não vivemos numa realidade virtual criada por nós mesmos...

Não é viagem! É simplesmente "Meu dedão e eu".